terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Cara, de Maria do Rosário Pedreira


Às vezes, depois de termos dito o que

devíamos mas não devíamos, depois de

essa palavra que deixamos fugir pesar

insuportavelmente dentro de nós - não


há outro remédio senão desaparecer,

sumir - abrir a porta da rua e apanhar

a bofetada do vento em cheio na cara.


Maria do Rosário Pedreira - poeta portuguesa

A foto é de um maravilhoso mosaico no piso da Galeria Umberto I em Nápoli.

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