“O Retrato” do jornalista Osvaldo Peralva é considerado um dos mais contundentes relatos políticos brasileiros. Um livro que até pouco tempo atrás era esgotado e quase impossibilitado de ser encontrado (está edição ainda é), há pouco tempo foi reeditado e isso mudou um pouco. O livro foi sabotado pelos comunistas e pelas demais correntes de esquerda da época, por isso nunca havia sido reeditado. Peralva, fervoroso militante e membro da cúpula do Partido Comunista, foi enviado a Moscou no ano de 1953 para estudar o comunismo soviético. Lá constatou que a utopia bolchevista havia se convertido em pesadelo totalitário. Três anos depois voltou ao Brasil e percebeu que o PCB reproduzira em escala provinciana e farsesca o terrorismo ideológico. O livro é a história da trajetória de Osvaldo no PCB, desde a apaixonada adesão até a traumática ruptura. Ele soube transformar suas memórias em arrebatadora narrativa sobre os bastidores sinistros do comunismo, traçando retratos implacáveis de Luis Carlos Prestes e Marighella. Ele nunca deixa de ser comunista, mas condena a condução que os homens adotaram deturpando o sistema. Um livro que precisar ser lido, sem bandeiras e com a mente aberta. Mostra com clareza os ideais do real projeto comunista e o quanto os homens são capazes de deturparem tudo pelo interesse próprio.
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